Um rio em súplicas
Há muito tempo
convivo entre as comunidades ribeirinhas,
Sou um rio
puramente Pernambucano, sou o Capibaribe
Aqui eu nasci,
recebi um nome, e fui registrado
Como um filho, preciso
ser respeitado e preservado
Outrora, meu leito
corria tão caudalosamente
Hoje, devido à poluição,
caminho tão lentamente
Necessito das
minhas margens livres e arborizadas,
Que me servem de
companhia e proteção.
Não sou apenas um
afluente, pois tenho vida
Ao longo de minha existência
tenho sido filho e mãe,
Sou como uma
artéria nos organismos dos seres vivos,
Que sem fluir, não
consegue conduzir a respiração
A vida, nos rios, depende da subsistência do
oxigênio
Constantemente tenho
sido vítima da inconsciência social,
Pelo lançamento de
agentes nocivos e lixos em meu leito,
Que me retiram a
possibilidade de viver.
Como uma mãe,
necessito do oxigênio da vida
Tenho na pureza do
meu leito, o alimento dos meus filhos
Que dependem da
minha qualidade de vida,
Como garantia e manutenção
dos seus alimentos,
Todos os dias tenho
sido violado e degradado,
Pelo lançamento
constante de impurezas em meu leito,
Hoje, quase não consigo
alimentar meus filhos
Que dependem da sua
consciência para sobreviverem.
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Alves de Souza, Severino
alvesxsouza@hotmail.com
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